FASES DE UMA LUZ DA VIDA. SILÊNCIO NUMA LUZ DO LUAR
Fases de uma luz da Vida. Silêncio numa luz do Luar - de E Campel
Se no “Começo de uma nova vida” se “vê uma luz incandescente”, na poesia de E Campel se vislumbra o nascimento de uma poeta iluminada por uma luz alvorescente, que vibra com a intensidade das estrelas ou, como ela refere, “uma fonte de luz numa nova dimensão!”. E que fonte maior de luz haverá do que essa da inspiração dos poetas? Somente a luz divina que humildemente desce até nós, humanos formigantes, através dos anjos que se fazem escutar no “silêncio numa luz de luar” como atesta a autora frequentemente em sua poesia “Era o anjo que falava” ou “Naquele canto iluminado que mais teria? / Estava o anjo, tão bem lembrado, em sintonia”. A poeta faz-nos recordar que não existe um silêncio absoluto universal, mas um silêncio interior, em que a alma se emudece de pensamentos e emoções para receber numa vibração musical as imagens e sons que interligam todos os seres.
Serão os poetas uns “descodificadores” de Deus que sintonizam as mais altas esferas celestiais, para depois, transcreverem o Verbo na sua poesia? Será que caminham na Terra em passos levitantes de profetas que anunciam o Caminho da Verdade?
Todos os anunciadores iluminados se recolhem e encontram, se despem do passado e renascem para um mundo novo, com um olhar mais amplo e profundo sobre a natureza do ser, são estas “fases de uma luz na vida”, em que tudo
parece sintonizar harmoniosamente após um período tempestuosamente confuso e desconcertante. A alma parece renascer inevitavelmente transformada como uma fénix renascida de suas próprias cinzas.
E todos os sons passam a ser sons, e todas as vibrações passam a ser vibrações, não apenas sons ou vibrações, mas música celestial que se sente e que vibra com todas as células do corpo ou como diz a autora “Ao acordar numa nova dimensão / Uma sinfonia cantava uma canção”, “Pelo poder que a luz já irradiava… / No sentido de uma nova vida numa nova forma”, “O ar é mais puro e rarefeito. / A temperatura amena e fria. / O brilho transparecia até o coração”.
A poesia de E Campel transporta a serenidade das palavras espelhadas no mar numa luz do luar envoltas do silêncio dos poetas que se buscam nas estrelas num mar de infinitos luares.
Querida amiga E Campel, Um iluminado abraço transatlântico.
Vera Novo Vera Fornelos
MINHAS HOMENAGENS ETERNAS
***Foto de E Campel***