O chão se abriu e se mexeu
No furor do extermínio...
O chão se abriu e se mexeu.
A terra se tremeu de medo...
Na luta mais santa e sangrenta.
No sofrimento perdido do ermo.
A míngua das dores do corpo...
Aos prantos nas formas das almas...
No mar da correnteza arredia,
Ouviram as vozes passadas.
No traço destino das sombras.
No rio das provas decididas,
As almas se encontraram.
Nos grandes prantos e gritos...
Das inquietudes da vida...
Que mais bendito seria!
Deixar de acontecer novamente...
Seria mais justo e santo...
Mas os pecados são muitos...
No passo da grande noite,
Pelo silêncio oculto.
Na terra que um dia se fez...
Por traz se mostra um passado...
No chão que um dia tremeu!
Num dia de muito apogeu...
Pela verdade da vez...
E Campel
Enviado por E Campel em 16/01/2010
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