E Campel
O amor incondicional na visão do iluminismo poético
Meu Diário
28/04/2017 17h10
UM SONHO EM DUAS ÉPOCAS

UM SONHO EM DUAS ÉPOCAS

Uma festa percebia que ia acontecer. Um lugar bem antigo, inusitado e aconchegante. Pessoas diferentes desconhecidas das atuais fases de vida. No entanto, sentia sintonias de boas energias de comunicação. Transmissão de pensamento talvez, mas, era um sonho ou seria mesmo verdadeiro. Porque se mostrava bem vivo e como estivesse acontecendo no tempo atual. Uma percepção de muitas alegrias. Uma casa grande, com uma sala bem espaçosa e com uma mesa cheia de doces e salgados. Uma porta deixou uma forte lembrança. Cuja madeira talhada de cor escura se apresentava parecida como sendo de uma igreja. Por questão de instante, algo fazia recordar um passado. De um mosteiro ou convento. Fiquei muito animada e ao mesmo tempo curiosa.

Quando parecia caminhar sentia ficar tudo aquilo que via mais distante.

De repente, pensei, eu vou perguntar algo para a primeira pessoa que ver. Tão logo percebi por incrível, que era alguém que conheço dessa vida, do seio familiar.

- Será que algo ela vai ajudar a descobrir. Talvez, pudesse relembrar algo daquele lugar. Quem sabe de um outro ente familiar, uma pessoa conhecida, amiga ou diferente, mas que ajudasse a desvendar o mistério. Algumas vozes me chamavam e prontamente eu tentava aproximar para entender. Era mesmo uma festa e começava a ouvir uma música muito bonita. Era a melodia Ave Maria, linda e cantada por uma voz meiga e suave. Algo mais ainda chamava a minha atenção. Algumas outras vozes se aproximavam pedindo para eu também cantar. Tudo acontecia numa verdadeira sintonia de muita união. E assim, começava também a cantar. Inesquecível momento.

Lindas palavras me chamavam atenção! Do fundo do ambiente, uma mulher passava a fazer uma prelação como desejando apresentar um padre que estava sendo esperado para começar o ritual. Foi quando percebi que era um casamento. Até então, não via ainda os noivos. Fiquei curiosa sentindo muita tranqüilidade e paz! Aquele momento parecia verdadeiro, jamais de um sonho. Mas, sim de uma realidade vivida, jamais esquecida. Mesmo assim, muito menos imaginei acontecer num sonho.

Contar um sonho às vezes fica difícil, pois as imagens se misturam. Nesse caso, em vez de continuar cantando, parecia ser a própria noiva que ia se casar. Surpresa imensa! Porque passei a senti uma alegria. Profundo sentimento de amor. Uma sensação de felicidade e bem estar. Transformava o encontro num reencontro. Foi quando percebi que no início era tudo estranho, como acontecendo numa outra antiga fase de vida. Esquecida! Para uma verdadeira fase dessa vida, apesar de bastante antiga.

Muitas emoções afinavam inspirações sentidas, como no tempo da juventude. Uma mão suave sentia se aproximar das minhas mãos, que estavam juntas como estivesse orando. Vi um altar lindo no final de um tapete vermelho que deveria passar. As luzes começavam a brilhar! Muitas pessoas ficavam de pé. Como traduzir os sentimentos naquele instante. Tinha que avançar e não estava sozinha. E a companhia era realmente do meu noivo, no casamento que acontecia. Tudo verdadeiro, como sendo um presente de Deus. De promessas inocentes feitas quando adolescente. Tudo se traduzia como lembranças muito felizes. Naquele tempo era muito importante uma jovem moça se casar. Representava um sonho de realidade de vida! Muito comum, porque os familiares assim esperavam. Era quase unânime essa tradição. 

Quando o casamento acontecia, em vez do rosto do meu noivo, que muito desejava ver, não conseguia. Parecia que algumas imagens se confundiam! Foi que percebi, como um filme de cinema. Páginas e mais momentos de uma vida real e não de um sonho.

E numa velocidade muito grande, sentindo muita alegria acordei e estava mesmo dormindo. Mas, a mensagem ficou na minha mente, com muita satisfação mesmo. Presente de uma imaginação. De encontro e reencontros de uma linda história vivida. Do mais encantado pensar! Do mais real! Surreal! Poder da mente! Saudações de momentos passados. Desejo de escrever, jamais poderia escapar! E numa sensação de muita felicidade, passei a agradecer como sempre faço. Ah! Como tradutor de memórias! Recordações! Saudações de estilo. Convite de uma boa leitura! Obrigada.

***Foto da Autora***

Publicado por E Campel
em 28/04/2017 às 17h10
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